O documentário conta a história da vida de mulheres que são ou já foram empregadas domésticas, escancarando suas lutas e desigualdades. Ao centro, o enraizado pensamento da casa grande sob a Senzala e o discurso do 'trabalho e desenvolvimento' que garante a manutenção da lógica serviçal, de herança claramente escravocrata: preconceitos, classismos, distâncias, muros, pontes, remuneração, relações de poder, patroas, empregadas. Narrada pelas trabalhadoras, a direção do filme é das próprias filhas, e por isso propõe também uma importante reflexão sobre representatividade e a construção de narrativas populares. Pela soberania audiovisual em todas as periferias! Pela democratização dos meios de comunicação.
O filme foi convidado para o festival SEDA de Campinas, Festival alternativo de cinema alternativo e comunitário Ojo Al Sancocho, de Bogotá - Colômbia, venceu o Cine Gato Preto com menção Honrosa, no seminário de educação popular promovido pelo Cesaq e a UFRJ no Rio de Janeiro, e tem sido distribuído às fábricas de cultura e outros espaços culturais da cidade, como dispositivo de debate e reflexão política, social e cultural e luta das mulheres.
Ano de produção: 2015